sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Sobre a tristeza

Tristeza da boa não dura muito tempo. Só o suficiente para fazer lembrar que o bom mesmo é ser feliz.
Essa parece ser uma verdade óbvia, mas tem gente que gosta de ser infeliz. Prefere, até.
Da minha parte, prefiro que a tristeza seja passageira. E, quando ela vem, gosto de sentir tudo. E chorar, se der vontade.
Às vezes, para a tristeza passar logo, ajuda ver um filme bem melodramático, daqueles que a gente sabe que vai fazer chorar. E a gente chora, chora, chora. Chora todas as pitangas e as carambolas. Sem parar para pensar, sem tentar entender ou controlar. Ao final do filme, a sensação de alívio é a mesma de quando se sai do mar depois de achar que iria se afogar.
Terminada a catarse, é só esperar pelo momento de rir de si mesmo. E ele nunca demora. Porque, assim como o choro, o riso também vem.

***

Por falar em filme, ontem vi um lindo (e triste, claro!): A vida secreta das palavras, da diretora espanhola Isabel Coixet. É a história de um relacionamento entre um homem acidentado em uma plataforma de petróleo e sua silenciosa enfermeira. Pode esquecer a bobagem da adaptação de Adeus às armas, do Hemingway, ao cinema (aquele filminho água com açúcar com a Sandra Bullock). Esse filme é simples e delicado. A cena mais "forte" é também a mais bonita. É possível viver com o peso do próprio passado?
Esse é um filme sobre dois sofrimentos e um encontro. Sobre o silêncio e as palavras.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Fragmento de uma manhã

Na lucidez do mais puro abandono, o pensamento se dissolvia e então eu era.
Coisas antigas tocavam levemente a face da memória, como um carinho inesperado, e por isso mesmo, mais terno. Imagens do passado dançavam difusas. Desfaziam-se em luz e isso já era uma espécie de libertação. Os olhos da mente acompanhavam à distância, sem se fixar em nada. Nenhum desejo, nenhum arrependimento. Só a presença.
De repente, eu era uma casa vazia no meio do nada em uma manhã iluminada e a sala de minha alma era um grande silêncio. Imersas nessa plenitude reencontrada, as janelas abertas recebiam com gratidão cada raio de sol e o cheiro fresco da terra.
Eu simplesmente era.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Solidão

"É necessário ficar só, conhecer esse estar só não induzido pelas circunstâncias, esse estar só que não é isolamento, esse estar só que é criatividade, condição na qual a mente já não busca a felicidade nem a virtude, nem cria resistência. A mente que está só é a única que pode encontrar - não a mente contaminada, corrompida pelas suas próprias experiências. Assim, talvez a solidão, de que todos temos consciência, possa, se soubermos como encará-la, abrir a porta para a realidade."

(Krishnamurti)

domingo, 24 de agosto de 2008

as cordas velhas do meu violão
não me dão nenhuma música
e sol é o único acorde possível
e eu que sempre me achei uma pessoa solar
descobri que o sol não me basta.

(não sai música, mas sai alguma poesia!)

domingo, 17 de agosto de 2008

"You can either live in peace or in pieces."
(Swami Chidananda, no Yoga pela Paz)

sábado, 2 de agosto de 2008

Juno

Esse filme consegue ser simples, engraçado, profundo, tudo ao mesmo tempo.
E essa cena é meiga demais!




Anyone else but you

You're a part time lover and a full time friend
The monkey on your back is the latest trend
I don't see what anyone can see in anyone else
But you
Here is the church and here is the steeple
We sure are cute for two ugly people
I don't see what anyone can see in anyone else
But you
We both have shiny happy fits of rage
I want more fans, you want more stage
I don't see what anyone can see in anyone else
But you
You are always trying to keep it real
I'm in love with how you feel
I don't see what anyone can see in anyone else
But you
I kiss you on the brain in the shadow of a train
I kiss you all starry eyed,
my body's swinging from side to side
I don't see what anyone can see in anyone else
But you
The pebbles forgive me, the trees forgive me
So why can't you forgive me?
I don't see what anyone can see in anyone else
But you
Du dududu dududu du dududu
Du dududu dududu du dududu
I don't see what anyone can see in anyone else
But you