sábado, 12 de setembro de 2009

O mar é uma tarrafa

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"The sea teaches the humility. You realize you're small. You get forced do accept that you are a momentary event in this vast experience."
(Tim Winton)


Tarrafa Literária, encontro sobre literatura, novidade em Santos. Promete. De peixinho, que vire tubarão, leão marinho, baleia jubarte. No último dia da Tarrafa, teve Xico Sá, Matthew Shirts e Vladir Lemos falando sobre futebol; Amyr Klink, Tim Winton e Arthur Dapieve falando sobre mar. Mar, futebol e literatura – junte tudo isso e estou em casa. Faltava um texto sobre isso. Mas consegui algo melhor: presente da Adriana, que, depois de muito tempo e para meu contentamento, voltou a escrever. Aqui está, pelo blog que ela ainda não tem, mas já, já, vai criar...

Meu blog: OBRIGADA POR ESSES MOMENTOS
O meu obrigada de hoje vai para o Amyr Klink.
Carinho de pinguim para você.

O mar é uma tarrafa

Ele nos engole, sempre. E por que não? Participar dessa noite foi verdadeiramente um mergulho. No eu, no meu, no seu, no eles. Poucos, mas tantos. Não são super, mas simples. E essa é a beleza. Mil histórias pra contar, tantos lugares para navegar, mas pode-se fazer uma parada. Sim, um porto a mais. Algumas palavras que nos tomam como ondas, e ficamos ali à deriva. Balançando, como em suspenso, no ar, na água, no nada... Absorvendo um pouco do tudo. Em êxtase. Em síntese. Sintaxe. Construindo novos pensamentos, descobrindo absurdos. Elefantes marinhos. Quem são eles? Seres falantes... Quase inexistentes em seus abismos abissais. Até então. Porque depois dessa noite, serão mais que Teobaldos. Guilherme, homens de preto, Eduardo, abaixa mais o banner... Pessoas que estão ali. Que te acompanham mesmo em silêncio. Mas que ao mesmo tempo dizem tanto. Identifico-me tanto com esse tema. O mar sempre me fascinou, desde pequena. A força que mete medo, mas a beleza que deleita. Essa noite teve um cheiro específico: maresia. Peculiar, não poderia deixar de ser, em uma tarrafa literária. Mas pra nós, teve também um sabor. Individual. E misturado. Pra mim, café, brigadeiro com morango. Pra Rose, açúcar com canela. Na verdade “pra que os olhos se podemos sentir?”.

Pós Tarrafa Literária em Santos. Teatro Guarani
07/09/09
Eu, Rose, Mi e Sil

Adriana Vicente Antolin

Um comentário:

Unknown disse...

Bom fazer parte da sua filosofia... Fico feliz. Sábado foi mt especial pra mim. Aliás, todos os sábados. Sabes que não são simplesmente aulas de inglês, são "encontros"... Nosso reencontro é um verdadeiro encontro (rsrsrrs), como aqueles que vemos nos filmes. Os seus filmes... E ainda bem que o nosso é duradouro. E eterno se depender de mim!! Bjs