"Não há nada mais belo do que curtir o espetáculo de uma mulher vivendo o seu amor. Ela fica, ao mesmo tempo, intensa e transparente. Seu olhar adquire uma luz macia e parece interiorizar-se, como se estivesse sempre a prescrutar o próprio íntimo, e a beleza do que visse não pudesse ser revelada. Todos os seus gestos traduzem a posse de um segredo indizível, que é preciso guardar a qualquer preço, pois que todos o querem descobrir. E ao mesmo tempo que sua beleza física explode, ela fecha-se, no claustro de seu amor, que quer só para ela porque, de repente, tudo fica frágil, imensamente frágil."
(Vinicius de Moraes, "A mulher segundo Vinicius I", em O Pasquim - Antologia)
Um comentário:
Tudo é fragilidade,
e silêncio.
Postar um comentário