"Caminho" sempre serve de metáfora para diferentes coisas, apontando diversos sentidos. Mas, quando o caminho é, de fato, o próprio caminho, para que servem as metáforas?
"Não se escolhe uma vida. Vive-se uma." É a frase que separa pai e filho em "O caminho de Santiago". Thomas Avery (Martin Sheen), um médico oftalmologista da Califórnia, recebe a notícia inesperada da morte do filho Daniel (Emilio Estevez), nos Pirineus, ao iniciar o caminho de Santiago. Ao buscar o corpo do filho, Thomas decide, ele mesmo, realizar o caminho.
Dirigida por Estevez, esta é a história de uma bela produção, com imagens arrebatadoras e excelente trilha sonora. Mas não se deve esperar por respostas ou experiências místicas. Totalmente despretensioso - e nisto está, em grande parte, a sua beleza -, o filme não traz nenhuma grande revelação ou pedagogia religiosa. Talvez a própria vida seja maior que toda busca de sentido. Abandone as metáforas e apenas siga o caminho. Afinal, o caminho pode ser simplesmente o caminho.
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